Unânimes

Em 12 de janeiro, a igreja decidiu iniciar um processo de transformação da sua liderança, para um modelo plural (vários pastores) e misto (homens e mulheres). Se cada passo deste processo ocorrer conforme planeado, em Setembro de 2025 estaremos em condições de consagrar ao ministério pastoral qualquer pessoa que se tenha voluntariado, reúna as qualificações bíblicas, apresente dons espirituais de pastoreio e a igreja reconheça como tal. Até pode acontecer que, até ao final deste processo, não surjam candidatas. Mas se surgirem, não serão impedidas de serem consagradas ao ministério pastoral, somente por causa do seu género.

Confrontados com a perspectiva da igreja ser objeto de um processo de exclusão por parte do organismo de cooperação em que se encontra integrada, caso consagre ao ministério pastoral uma mulher, reunimo-nos em Sessão Administrativa extraordinária, para analisar o percurso de transição em que a igreja se encontra. Considerámos os custos, caso o cenário de consagração feminina se concretize, nomeadamente a forma como tal poderá afetar a nossa cooperação e comunhão com outras igrejas e levámos em consideração dois pontos de vista:

  • I Coríntios 8:1-13 – Por um lado, considerámos a possibilidade de abdicar de um direito que entendemos ter, do ponto de vista bíblico, como é o da consagração feminina ao ministério pastoral, em função de não ofender os irmãos.
  • I Coríntios 11:17-19 – Por outro lado, também ponderámos que, em algumas situações, até importa que exista discordância, de forma a que fiquem visíveis os aprovados.

Atendendo ao princípio de que “mais importa agradar a Deus do que aos homens”, reiterámos a nossa decisão unânime de 12 de janeiro, com uma nova unanimidade, neste domingo. Depois de um debate e partilha de ideias, preocupações e anseios, a igreja votou unanimemente em continuar o processo de transição da liderança, conforme acima exposto e anteriormente decidido.

Apesar de esta decisão não se encontrar em completo alinhamento com o divulgado, há cerca de 10 anos, pelo organismo de cooperação, esperamos e oramos para que o princípio da autonomia da igreja local, defendido pelos Baptistas, ao longo dos anos, prevaleça e a cooperação e comunhão possam continuar a acontecer.

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